terça-feira, 28 de junho de 2011

DESABAFO


Se fosse possível te mostrar coração, todos veriam como tu sangras.
Tua imagem seria de dor por uma ferida que não cicatriza.
Uma ferida que não é entendida nem imaginada.
Uma imagem que não pode ser compreendida nem acatada.

Se fosse possível te mostrar alma, todos veriam como tu sofres.
Um sofrimento profundo e contínuo que não há ciência que explique.
De uma profundeza tão abismal que só a escuridão é observada e esquecida.
Uma escuridão fria e triste como algo inexplorado e incompreensivo.

Se fosse possível te mostrar mente, todos veriam como tu és simples.
Uma simplicidade humana e divina que todos procuram mas não encontram.
De uma procura enlouquecida e desvairada que assusta e acalma.
Uma calma tão doce e quente que aconchega e repousa o mais dos aflitos corações.


                                                                                                                                Virginia Lucia

segunda-feira, 27 de junho de 2011

MOMENTOS

Momento quieto,
Momento silencioso,
Momento meu.

Momento sereno,
Momento reflexivo,
Momento meu.

Momento cansado,
Momento fraco,
Momento meu.

Momento machucado,
Momento dolorido,
Momento meu.

Momento frio,
Momento iludido,
Momento meu.

Momento humano,
Momento passivo,
momento só meu.




                                                     Virginia Lucia

terça-feira, 21 de junho de 2011

COMEÇO, MEIO E FIM

A vida tem sons que pra gente ouvir
Precisa entender que um amor de verdade
É feito canção, qualquer coisa assim,
Que tem seu começo, seu meio e seu fim
A vida tem sons que pra gente ouvir
Precisa aprender a começar de novo.
É como tocar o mesmo violão
E nele compor uma nova canção
Que fale de amor
Que faça chorar
Que toque mais forte
Esse meu coração
Ah! Coração!
Se apronta pra recomeçar.
Ah! Coração!
Esquece esse medo de amar de novo.

Tavito, Ney Azambuja e Paulo Sergio Valle

quinta-feira, 16 de junho de 2011

MEU OUTRO EU.

Queria poder me ver.
Me ver com os olhos dos outros.
O que vêem em mim?
Me entender, me compreender, me perdoar.


Queria poder me falar.
Me consolar com as palavras dos outros.
O que escutam de mim?
Me ouvir, me aconselhar, me aconchegar.


Queria poder me sentir.
Me afagar com o carinho dos outros.
O que sentem de mim?
Me atender, me entender, me confidenciar.


Queria poder me ajudar.
Me dispor com a atenção dos outros.
O que recebem de mim?
Me ter, me servir, me apoiar.


Queria poder me aceitar.
Me compreender com a compaixão dos outros.
O que querem de mim?
Minha perfeição?


Sou humana.
Apenas humana.


                                      Virginia Lucia

segunda-feira, 13 de junho de 2011

O SOL APÓS A CHUVA

SOL

PARTO - NASCIMENTO
CALOR - ENERGIA
CONFORTO - COLO DA MÃE NATUREZA
ALEGRIA - ESPONTANEIDADE
VIDA - VIVA
DISPOSIÇÃO - FORÇA
ESPERANÇA - RECOMEÇO
RENOVAÇÃO - MUDANÇA
SORRISO - OTIMISMO
LIBERDADE - CRIANÇAS
CANÇÃO - FESTA, ENCONTROS E REENCONTROS
ACONCHEGO - COLO DE MÃE
PRESENÇA DE DEUS - PRESENTE DE DEUS
CORES - VIVAS, VERDADEIRAS, LIMPAS
CORAGEM - LUTA, DETERMINAÇÃO
LUZES - REFLETIDAS E NÃO MAIS ESCONDIDAS
DESEJOS - A FLOR DA PELE
BRILHO - NOVO TEMPO, NOVO MOMENTO...

até a próxima chuva.


Virginia Lucia    

Tudo aquilo que eu mais temia, terminou me acontecendo.

Li recentemente o versículo de Jó 3 que diz: "tudo aquilo que eu mais temia, terminou me acontecendo" e fiquei a refletir sobre essas sábias palavras que estão no livro sagrado - a Bíblia. Em minha vida tive duas experiências que comprovam bem essas palavras e foram dois fatos que me abalaram muito e por isso mesmo nunca esqueci. Lembro que me questionava muito sobre o porque disso ter acontecido comigo, de como sofri fisicamente e espiritualmente e que por mais que tenha tentado nunca ter conseguido superar totalmente. Não sei se foi o medo que atraiu ou se fui responsável por ter deixado acontecer.
A fatos em nossas vidas que achamos que temos e teremos o controle ou que apenas deixamos acontecer sem imaginar nem avaliar as consequências e só quando não existe mais volta é que percebemos que é tarde demais. Culpamos o outro ou os outros para ver se assim amenizamos mais nossa dor, porém, preciso reconhecer que temos nossa parcela de culpa. Não sei se buscamos ou atraímos, só sei que aprendi que, de alguma maneira, somos responsáveis e que se martirizar não adianta, o que deve ser feito é apenas aprender com os erros para evitar novos sofrimentos futuros.


Virginia Lucia