Sempre gostei de expressar os meus sentimentos e pensamentos usando a palavra falada, porém hoje sinto necessidade de externá-la através da palavra escrita. Não sei o porque da mudança, talvez por não querer que essas palavras se percam no vento.
Em nossas vidas encontramos e perdemos amigos, mas hoje em particular eu me coloco a pensar sobre a estupidez humana tão já falada da perca pela morte violenta.
Como pode um projéctil tão pequeno conseguir destruir um ser tão perfeito em suas funções como é o ser humano?
Como pode, o ser humano capaz de tantas grandes descobertas e capacidades, tombar por causa da irracionalidade também humana?
Perdemos um amigo, mas um nessa jornada violenta que o homem colocou toda a sociedade ao desvalorizar a VIDA ou ao igualá-la a uma misera vingança ou explosão de ódio.
O ser humano cria.
O ser humano destrói.
O ser humano gera a vida.
O ser humano tira a vida.
O que nós queremos afinal?
Brincar de deuses?
Que sociedade doentia é esta na qual a vida e a morte têm o mesmo valor?
Nos conformamos e aceitamos como se fosse uma cena de ficção. Banalizamos a morte violenta reprimindo a dor e a raiva que se instala no peito como se essa situação não tivesse saída.
Tem que haver saída, precisamos achar a saída ou simplesmente não sairemos mais desse campo de batalha onde, às vezes, o mal parece prevalecer sobre o bem.
Não deixemos nos enganar. A maioria das pessoas, no mundo, são do bem, são a favor da VIDA, amam esse dom com toda a força da alma e do coração humano. Quem pensa e agi ao contrário é uma minoria, podem até fazer mais barulho porque nós deixamos, mas é uma minoria.
Podemos ter perdido essa batalha, mas como diz o filósofo, não perdemos a guerra pois ela ainda não terminou.
Lutemos, não desertemos pois a vida merece ser defendida e enaltecida em nome principalmente daqueles que tombaram acreditando nisso.
Ao colega e amigo Cláudio
e as novas vítimas das armas de fogo.
27/09/2004
Virginia Lucia
Virginia Lucia
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